O SECOMU - Seminário de Computação na Universidade, evento que acontece desde 1971 (a partir de 1980 junto ao congresso da SBC), reúne a comunidade acadêmica de Computação do Brasil para discutir temas político-científicos de interesse nacional. Ao longo dos anos, os painéis do SECOMU ajudaram a comunidade a construir suas posições políticas em temas de grande relevância, como a política industrial brasileira, a qualidade do ensino superior, entre outros; contribuindo com soluções e estratégias para o desenvolvimento tecnológico brasileiro, com foco na Computação. O SECOMU é estruturado em torno de painéis compostos por personalidades políticas, acadêmicos, representantes de agências de fomento, membros da indústria e da sociedade em geral.
"As diferenças globais entre gêneros vêm sendo alvo de inúmeras discussões, pesquisas e ações. De acordo com estudo do Fórum Econômico Mundial, não há paridade entre homens e mulheres no que diz respeito à participação e oportunidade econômica, educação, capacitação política e saúde e sobrevivência. Esse resultado se repete tanto globalmente quanto nacionalmente, desde o primeiro relatório anual publicado em 2006.
O gap de gênero estende-se à área de Computação, com características peculiares. Nos EUA, por exemplo, a participação de mulheres em computação vem caindo nas últimas décadas, as mulheres lá ocupam 25% do mercado de tecnologia. No Brasil, as mulheres ocupam 20%. Por outro lado, a Computação nunca foi tão importante economicamente como é hoje, na chamada Economia Digital. Como construir o futuro digital com tamanha inequidade de gênero no setor? Além disso, a própria conceituação de gênero de forma binária limita as discussões e inclusão de todas as pessoas com enorme potencial na área.
Este painel trará representantes de diversas áreas de conhecimento relacionadas às questões de gênero na Computação, com o objetivo principal de ampliar o conhecimento dos participantes no tema e refletir sobre os problemas da área. A universidade tem papel importante na linha de vida feminina e vamos discutir iniciativas existentes (e também as possíveis) desde o 1o e 2o graus, na própria universidade, nas empresas, em ONGs e no governo."
Claudia Melo, Cristiano Maciel, Débora Abdalla Santos, Gabriela Vanessa Pereira Alves de Mattos, Gabriele Garcia
Em diversos países da Europa e da América do Norte existem iniciativas nacionais para o ensino de programação no ensino médio enquanto no Brasil essas iniciativas são limitadas e pontuais, muitas vezes restringindo-se ao uso de computadores somente para o ensino de aplicativos. A reforma do ensino médio aprovada recentemente pelo Senado flexibiliza o conteúdo a ser ensinado aos alunos e muda a distribuição do conteúdo das disciplinas tradicionais ao longo dos três anos incentivando a ampliação de escolas em tempo integral. Neste cenário, este painel discutirá os desafios e oportunidades do ensino de Computação, incluindo pensamento computacional e desenvolvimento de software, no ensino médio no Brasil e a melhor forma de implementá-lo para que seja efetivo.
Prof. Marcelo Duduchi, Prof. Claudio da Rocha Brito, Prof. Avelino Zorzo, Prof. Ecivaldo de Souza Matos, Profa. Regina Celia Fortuna Broti Gavassa
Tem havido um crescente reconhecimento que a presença constante e diversificada de algoritmos em várias dimensões das nossas vidas traz novos desafios para garantir, além de eficiência e eficácia, justiça, responsabilidade e transparência na sua execução. Já podemos observar iniciativas da academia, indústria, legisladores, terceiro setor e governo no sentido de evitar ou minimizar discriminação ou viés em respostas automáticas, entre outros potenciais problemas. Este painel tem por objetivo apresentar essa nova realidade e o que tem sido feito até o momento, discutir tendências, oportunidades e o que muda em termos de ensino, pesquisa e desenvolvimento tecnológico no âmbito de tanto universidades quanto outras organizações e sociedade em geral.
Wagner Meira Jr., Prof. Virgilio Almeida, Prof. Marcelo Finger, Claudio Santos Pinhanez, Prof. Luli Radfahrer, Pedro Henrique Ramos, Baptista Luz Advogados