Vernissage > Fábio FON

Fábio FON (Fábio Oliveira Nunes) é artista experimental e pesquisador voltado a linguagens contemporâneas, atuando sobre arte experimental, poéticas da visualidade e arte-tecnologia. É Doutor em Artes na Escola de Comunicações e Artes da USP com pós-doutorado em Artes no Instituto de Artes da UNESP, Mestre em Multimeios (Multimídia) na UNICAMP e Bacharel em Artes Plásticas na UNESP. É integrante do grupo de pesquisa cAt: ciência/ARTE/tecnologia do Instituto de Artes da UNESP. É autor dos livros “CTRL+ART+DEL: distúrbios em arte e tecnologia” (2010, Ed. Perspectiva) e “Mentira de artista: arte (e tecnologia) que nos engana para repensarmos o mundo” (2016, Cosmogonias Elétricas). Enquanto artista, participou de diferentes exposições e eventos no Brasil e outros países, tais como Mobilefest – Festival de Arte e criatividade móvel, Festival Internacional de Linguagem Eletrônica (FILE), Campus Party Brasil, FILE Porto Alegre, bem como foi premiado em diferentes edições do Programa de Ação Cultural (ProAC) do Estado de São Paulo.

Website:
fabiofon.com
automatospoeticos.net
mentiradeartista.fabiofon.com 
Instagram:
@fabiofondotcom
Facebook:
@fabiofondotcom
E-mail:
fabiofon@gmail.com

Mimo Steim • 2012-2020
Fábio FON



Mimo Steim é um artista que se passa por robô ou um robô que se passa por artista? Um quase desconhecido artista brasileiro teria se isolado de todos em uma ‘teleperformance’ de extensa duração, na qual agiria como um robô, conversando por texto com desconhecidos na Internet. Na verdade, sem que isso seja apresentado aos visitantes do site, Mimo Steim é um robô de conversação (chatbot) que busca fingir que é um artista em permanente estado performativo, instigando provocativamente seus interlocutores. Esta proposta de web arte é parte de pesquisa sobre processos miméticos de agentes tecnológicos que são denominados “artistas”, o que permite, entre outras questões, a reflexão sobre o próprio status dos criadores de arte.

Saiba mais:
https://www.mimosteim.me/teleperform.html

Tractos • 2015-2016
Fábio FON • Soraya Braz



Tractos foi uma ação em arte e tecnologia criada por Fabio FON e Soraya Braz realizada inicialmente em regiões limítrofes da região metropolitana de São Paulo. Chamamos de limítrofes as regiões que, em virtude da dispersão da cidade, desenvolvem características urbanas singulares, normalmente nomeadas como periféricas. Este projeto buscou problematizar este contexto a partir de criações em arte e tecnologia que equacionam um imaginário rico das pessoas que vivem nestas regiões, as possibilidades criativas de dispositivos tecnológicos e as potencialidades poéticas de representação destes lugares. Em seu primeiro ano, a ação se desenvolveu da seguinte maneira: os artistas propunham a viventes das regiões escolhidas (Embu das Artes, Grajaú, Ilha do Bororé e Itaquera, em São Paulo) que criassem mapas a partir do seu olhar afetivo da região; este olhar se circunstanciaria em sons capturados – paisagens sonoras – em cada região, desenhos que representam a região mapeada, além de programação e uso de computação física na construção de uma interface de interação para o público em cada obra. Cada mapa desenhado com grafite em papel é uma interface de interação digital; cada uma das partes desenhadas no mapa, quando tocadas pelo público, aciona comandos de programação, executando sons previamente gravados pelos participantes na região ali representada.

Saiba mais:
https://tractos.fabiofon.com/
https://youtu.be/5Dl4eYFNe00

Deliberator • 2014
Fábio FON • Soraya Braz


Este trabalho, criado pelo duo Soraya Braz e Fabio FON, consiste na gradual desfiguração do modelo digital da pistola Liberator de Cody Wilson, que seria a primeira arma de fogo que permite ser totalmente produzida através do processo de Impressão 3D. Chama-se de Impressão 3D um tipo de fabricação digital baseada em um processo de sobreposição de consecutivas camadas de material, sendo mais simples e barato do que outras tecnologias digitais de fabricação. Por sua rápida difusão nos anos 2010, a Impressão 3D inspirou vislumbres de um futuro em que muitos dos objetos que utilizamos (ou imaginamos) no cotidiano poderão ser produzidos em uma escala mais pessoal. Mas, destoando de um futuro de coisas indiscutivelmente benéficas e inofensivas, eis que o projeto de Wilson promove uma instigante discussão sobre as implicações desta nova tecnologia. Deliberator, então, é uma instalação constituída de sete objetos sequencialmente alinhados, que são resultados de um processo cíclico: partindo de um modelo não-funcional de Liberator, cada objeto é escaneado, tornando-se imagem para converter-se em um modelo digital tridimensional e, em sequência, é impresso em 3D para tornar-se novamente objeto, procedimento que se repetirá várias vezes até alcançar a desfiguração total.

Saiba mais:
https://youtu.be/l59PlzkvLSw