Vernissage – Wellington Jr

Antonio Wellington de Oliveira Junior (Tutunho) é Bacharel em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Ceará-UFC (1992), Mestre (1997) e Doutor (2001) em Comunicação e Semiótica pelo Programa de Estudos Pós-Graduados em Comunicação e Semiótica-COS da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo–PUC-SP. Realizou estágio Pós-Doutoral em Artes no Departamento de Comunicação e Artes-DeCA da Universidade de Aveiro-UA (Portugal) com bolsa PDE-CNPq. Atualmente é professor Associado III do Instituto de Cultura e Arte-ICA-UFC, onde leciona nos cursos de Publicidade e Propaganda e no Programa de Pós-Graduação em Artes-PPGARTES-UFC, do qual é vice-coordenador. É pesquisador ligado ao Instituto de Investigação em Design, Media e Cultura-ID+ (Portugal) e líder do Laboratório de Investigação em Corpo, Comunicação e Arte-LICCA, registrado no Diretório dos Grupos de Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico-DGP-CNPq. Autor de “Línguas de Anjos: sobre glossolalia religiosa” (Maltese, 2001) e “Glossolalia: voz e poesia” (EDUC/Omni, 2004), organizou “A performance ensaiada” (LICCA/Expressão Gráfica, 2011) e possui artigos sobre arte, religião, comunicação e performance publicados em revistas e anais de eventos nacionais e internacionais. Artista visual e performer, iniciou a trajetória artística, em 1983, como desenhista e ilustrador. Desde 1992, investiga as relações entre arte e tecnologia, inicialmente com a produção de vídeo alternativo e experimental, tendo sido agraciado com o Prêmio Núcleo Atlantic de Vídeo Programa Cinemania (1991), o Troféu Flor do Pequi de Melhor Videoclipe Iniciante, no I Festival de Vídeo Cariri Nordeste (1991), e o Prêmio de Melhor Documentário no IV Vídeo Mostra Fortaleza (1994). Depois, a partir de 2003, com a performance e as tecnologias de comunicação e informação junto ao Projeto Balbucio, coletivo de artistas brasileiro que atuou de 2003 a 2011. Tem experiência nas áreas de Comunicação e de Artes, com ênfase em performance, artes visuais, teorias, técnicas, processos e métodos de criação artística; teorias da comunicação, semiótica, glossolalia e religião; cultura tradicional popular, patrimônio cultural imaterial.

Website:
http://balbucio.com/
Instagram:
@tutunhoofficial
@salacentoenove
Facebook:
https://www.facebook.com/wellingtonde.oliveirajr
https://www.facebook.com/apaideiadetutunho/
https://www.facebook.com/Aureoleds/
https://www.facebook.com/pages/Sala-109/270420037105657
E-mail:
wellington-jr@uol.com.br

Aureoleds • Aureoleds 2.0 • 2013-2019
Antonio Wellington de Oliveira Junior (Tutunho) • João Vilnei de Oliveira Filho • Paulo Cerqueira • Iury Queiros Soares



Quando o performer brasileiro Tutunho fala a língua dos anjos, sua “aureoleds” (auréola + leds) brilha como a auréola dum santo. A glossolalia de Tutunho – uma forma de linguagem ancestral não-referencial – e sua imposição de mãos têm o poder de curar todas as enfermidades do corpo e da alma; e as estéticas também. Essa performance joga ironicamente com o poder taumaturgo de cura dos reis pré-modernos e com o conceito de inessencial em Agamben. Aureoleds investiga, simultaneamente, as relações entre tecnologia, rito e performance – em particular as modalidades de micro, auto e tecnoperformance – e novos usos poéticos da voz na arte sonora eletrônica usando conceitos e práticas da poesia fonética do século XX, como as glossolalias dadaístas, especialmente o zaum de Kruchenykh. Em suas duas versões, a performance, usando microfones, placas microcontroladoras, leds, fios, tecidos, papelão, plástico, estruturas metálicas reaproveitadas ou artesanalmente produzidas, entre outras bugigangas, recorre à gambiarra como princípio de montagem/edição da obra de arte para averiguar o potencial artístico da Interação Humano Computador-IHC na arte contemporânea, em particular na arte da performance. A pesquisa foi desenvolvida sob supervisão do prof. Dr. Paulo Bernardino das Neves Bastos com Bolsa de Pós-Doutorado no Exterior-PDE/CNPq junto ao Departamento de Comunicação e Artes-DeCA da Universidade de Aveiro, ao Instituto de Investigação em Design, Media e Cultura-ID+ e ao Laboratório de Investigação em Corpo, Comunicação e Arte-LICCA da Universidade Federal do Ceará-UFC.

Saiba mais:
https://www.youtube.com/watch?v=oxu7p7a2_lU
http://www.repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/49733/1/2019_tcc_iqsoares.pdf

Caro Reni,… ou De como e porque Tutunho (se) escreve • 2018
Antonio Wellington de Oliveira Junior (Tutunho) • João Vilnei de Oliveira Filho • Eliezer do Nascimento Nogueira Junior



No ecrã do notebook do artista, disposto sobre a mesa, o público se depara com o filme-texto de longuíssima duração realizado, entre 2016 e 2017, pelo artista-pesquisador e performer brasileiro Antonio Wellington de Oliveira Junior (Tutunho). O filme-texto é, na verdade, uma video screen capture de todo o processo de escrita do texto intitulado “Caro Reni,… ou De como e porque Tutunho (se) escreve”, este também o título do referido filme-texto. Em resposta a uma mensagem in-box no Facebook, enviada por um desconhecido (Reni), o filme-texto é um híbrido contemporâneo dos discursos sobre método e cartas confessionais autobiográficas, como as de santa Teresa D’Ávila ou Santo Agostinho. Ao longo de mais de trinta horas de vídeo, o leitor/espectador pode ver/ler, sem edições, os percursos argumentativos do autor, suas dúvidas, escolhas, desvios… enquanto ele justifica sua adesão ao ensaio, à escrita em primeira pessoa ou aos heterônimos, às vezes, à constante integração entre teoria e prática e entre processos de criação artística e pesquisa científica, à transdisciplinaridade, à polifonia, e coloca em cena, sobretudo, a performatividade e autoperformatividade da escrita. Partindo da prática epistolar como forma de constituição de si pela escrita, tal como apresentada por Michel Foucault em “A escrita de si”, o filme-texto investiga as diversas dimensões performativas e autoperformativas presentes na integração entre literatura, cinema expandido, performance, computação, internet, processo de criação em arte e método científico presente na obra em questão. As discussões sobre performatividade em John Austin; o texto de gozo e fruição e o grau zero da escritura, em Roland Barthes; a poesia como uma ratio difficilis, em Umberto Eco; a autoperformance em Michael Kirby; o cinema expandido em Gene Youngblood serviram de aporte colateral à reflexão aqui proposta. A pesquisa foi desenvolvida sob supervisão do prof. Dr. Paulo Bernardino das Neves Bastos com Bolsa de Pós-Doutorado no Exterior-PDE/CNPq junto ao Departamento de Comunicação e Artes-DeCA da Universidade de Aveiro, ao Instituto de Investigação em Design, Media e Cultura-ID+ e ao Laboratório de Investigação em Corpo, Comunicação e Arte-LICCA da Universidade Federal do Ceará-UFC.

Saiba mais:
https://www.youtube.com/watch?v=2QfJNiZJXSY
https://www.youtube.com/watch?v=FxUJKcxDSfQ

O retrato do artista enquanto Tutunho – Ucronia A • O retrato do artista enquanto Tutunho – Ucronia B • 2012-2020
Antonio Wellington de Oliveira Junior (Tutunho)



Sobre a face que o ritmo imposto pela edição em time-lapse do díptico em vídeo ficcionaliza, imprime-se um tempo disjuntivo, altero ao tempo físico e sua cronologia linear – mas também ao tempo dito psicológico, subjetivo – e resultante da ação disruptiva de dois intervenientes distintos na ordem cronológica das imagens que compõem os vídeos: o arquivo e a máquina. “O retrato do artista enquanto Tutunho” resulta da tentativa de reestabelecer a cronologia original de uma série de selfies de Tutunho, feitas entre 2013 e 2020, cujos metadados iniciais perderam-se no processo de sucessivos arquivamentos digitais, a partir de taxonomias baseadas em algoritmos distintos, o dos metadados atuais, gerados pelo arquivamento imetódico, portanto a lógica do caos, e o dos softwares de reconhecimento facial, baseado em operações limitadas, previstas e controladas para a solução de um problema, aqui, recompor o rosto do artista ao longo do tempo; a lógica da máquina. Mesmo partindo de lógicas em alguns aspectos diametralmente opostas, tais ucronias performam outras subjetividades da persona que narram e essa performatividade, sendo quase toda ela assentada não só diegeticamente na imagem, mas na própria materialidade técnica dela, amplifica a própria noção vigente de performance em, pelo menos, dois de seus caracteres, quais sejam, a solvibilidade registral e a não iterabilidade. O que essas imagens performam está materialmente ligado a elas e pode, pela garantia do registro, em alguma medida, renovar-se. É uma performatividade computadorizada. A pesquisa foi desenvolvida sob supervisão do prof. Dr. Paulo Bernardino das Neves Bastos com Bolsa de Pós-Doutorado no Exterior-PDE/CNPq junto ao Departamento de Comunicação e Artes-DeCA da Universidade de Aveiro, ao Instituto de Investigação em Design, Media e Cultura-ID+ e ao Laboratório de Investigação em Corpo, Comunicação e Arte-LICCA da Universidade Federal do Ceará-UFC.

Saiba mais:
https://www.youtube.com/watch?v=ZQRsSoT6tTM
https://www.youtube.com/watch?v=bEA5UEi-2lU

Vernissage > Fábio FON

Fábio FON (Fábio Oliveira Nunes) é artista experimental e pesquisador voltado a linguagens contemporâneas, atuando sobre arte experimental, poéticas da visualidade e arte-tecnologia. É Doutor em Artes na Escola de Comunicações e Artes da USP com pós-doutorado em Artes no Instituto de Artes da UNESP, Mestre em Multimeios (Multimídia) na UNICAMP e Bacharel em Artes Plásticas na UNESP. É integrante do grupo de pesquisa cAt: ciência/ARTE/tecnologia do Instituto de Artes da UNESP. É autor dos livros “CTRL+ART+DEL: distúrbios em arte e tecnologia” (2010, Ed. Perspectiva) e “Mentira de artista: arte (e tecnologia) que nos engana para repensarmos o mundo” (2016, Cosmogonias Elétricas). Enquanto artista, participou de diferentes exposições e eventos no Brasil e outros países, tais como Mobilefest – Festival de Arte e criatividade móvel, Festival Internacional de Linguagem Eletrônica (FILE), Campus Party Brasil, FILE Porto Alegre, bem como foi premiado em diferentes edições do Programa de Ação Cultural (ProAC) do Estado de São Paulo.

Website:
fabiofon.com
automatospoeticos.net
mentiradeartista.fabiofon.com 
Instagram:
@fabiofondotcom
Facebook:
@fabiofondotcom
E-mail:
fabiofon@gmail.com

Mimo Steim • 2012-2020
Fábio FON



Mimo Steim é um artista que se passa por robô ou um robô que se passa por artista? Um quase desconhecido artista brasileiro teria se isolado de todos em uma ‘teleperformance’ de extensa duração, na qual agiria como um robô, conversando por texto com desconhecidos na Internet. Na verdade, sem que isso seja apresentado aos visitantes do site, Mimo Steim é um robô de conversação (chatbot) que busca fingir que é um artista em permanente estado performativo, instigando provocativamente seus interlocutores. Esta proposta de web arte é parte de pesquisa sobre processos miméticos de agentes tecnológicos que são denominados “artistas”, o que permite, entre outras questões, a reflexão sobre o próprio status dos criadores de arte.

Saiba mais:
https://www.mimosteim.me/teleperform.html

Tractos • 2015-2016
Fábio FON • Soraya Braz



Tractos foi uma ação em arte e tecnologia criada por Fabio FON e Soraya Braz realizada inicialmente em regiões limítrofes da região metropolitana de São Paulo. Chamamos de limítrofes as regiões que, em virtude da dispersão da cidade, desenvolvem características urbanas singulares, normalmente nomeadas como periféricas. Este projeto buscou problematizar este contexto a partir de criações em arte e tecnologia que equacionam um imaginário rico das pessoas que vivem nestas regiões, as possibilidades criativas de dispositivos tecnológicos e as potencialidades poéticas de representação destes lugares. Em seu primeiro ano, a ação se desenvolveu da seguinte maneira: os artistas propunham a viventes das regiões escolhidas (Embu das Artes, Grajaú, Ilha do Bororé e Itaquera, em São Paulo) que criassem mapas a partir do seu olhar afetivo da região; este olhar se circunstanciaria em sons capturados – paisagens sonoras – em cada região, desenhos que representam a região mapeada, além de programação e uso de computação física na construção de uma interface de interação para o público em cada obra. Cada mapa desenhado com grafite em papel é uma interface de interação digital; cada uma das partes desenhadas no mapa, quando tocadas pelo público, aciona comandos de programação, executando sons previamente gravados pelos participantes na região ali representada.

Saiba mais:
https://tractos.fabiofon.com/
https://youtu.be/5Dl4eYFNe00

Deliberator • 2014
Fábio FON • Soraya Braz


Este trabalho, criado pelo duo Soraya Braz e Fabio FON, consiste na gradual desfiguração do modelo digital da pistola Liberator de Cody Wilson, que seria a primeira arma de fogo que permite ser totalmente produzida através do processo de Impressão 3D. Chama-se de Impressão 3D um tipo de fabricação digital baseada em um processo de sobreposição de consecutivas camadas de material, sendo mais simples e barato do que outras tecnologias digitais de fabricação. Por sua rápida difusão nos anos 2010, a Impressão 3D inspirou vislumbres de um futuro em que muitos dos objetos que utilizamos (ou imaginamos) no cotidiano poderão ser produzidos em uma escala mais pessoal. Mas, destoando de um futuro de coisas indiscutivelmente benéficas e inofensivas, eis que o projeto de Wilson promove uma instigante discussão sobre as implicações desta nova tecnologia. Deliberator, então, é uma instalação constituída de sete objetos sequencialmente alinhados, que são resultados de um processo cíclico: partindo de um modelo não-funcional de Liberator, cada objeto é escaneado, tornando-se imagem para converter-se em um modelo digital tridimensional e, em sequência, é impresso em 3D para tornar-se novamente objeto, procedimento que se repetirá várias vezes até alcançar a desfiguração total.

Saiba mais:
https://youtu.be/l59PlzkvLSw

Vernissage > Pablo Gobira

Pablo Gobira Crédito da imagem: Gustavo Baxter / ALICATE

Pablo Gobira é Professor da Escola Guignard (UEMG), do PPGArtes (UEMG) e do PPGGOC (UFMG). Coordenador de Câmara de Assessoramento de Ciências Humanas, Sociais, Educação e Artes da FAPEMIG. Pesquisador Produtividade (CNPq). Membro pesquisador e gestor de serviços da Rede Brasileira de Serviços de Preservação Digital (IBICT/MCTI). Coordenador do grupo de pesquisa (CNPq) Laboratório de Poéticas Fronteiriças [http://labfront.tk]. Escritor e editor, artista e curador atuando no campo da cultura, artes digitais, ciências e jogos digitais e em cursos e residências de fronteiras das arte, ciência e tecnologia.

Website: http://labfront.tk
Instagram: @labfront
Facebook: @labfront.tk
Twitter: @lab_front
E-mail: pablo.gobira@uemg.br

COVID-19 • 2020
Pablo Gobira • Antônio Mozelli



O PoemAPP “Covid-19” foi desenvolvido por Pablo Gobira e Antônio Mozelli, membros do Laboratório de Poéticas Fronteiriças (http://labfront.tk), como resultado dos projetos de pesquisa e desenvolvimento “Literacia digital da arte digital: a arte produzindo novas realidades na educação básica” e “Novas realidades: interfaces artísticas e construção de realidades”. O PoemAPP “Covid-19” é um poema digital em realidade aumentada. Para experienciar a obra, ver e interagir com o poema, é necessário que o aplicativo seja instalado em um smartphone com sistema operacional Android.

Saiba mais:
https://labfront.weebly.com/covid-19.html
https://www.youtube.com/watch?v=ZBiRS2i3Q54

Olhe para você • 2016
Pablo Gobira • Antônio Mozelli • William Silva



Olhe para você é uma instalação artística em realidade virtual imersiva. Através do aprisionamento do olhar dentro de uma cabeça humana simulada em um ambiente tridimensional, a instalação pretende investigar a relação de sensorialidade e seus limites presentes no diálogo com a representação de um corpo humano em transformação e a falta de controle diante de suas transformações. O funcionamento da instalação tem como entrada de dados os movimentos realizados através da cabeça do interactor, e como saída o interator visualiza os seus movimentos na simulação da sua cabeça por dentro. O design do som foi realizado usando software de síntese de voz para a leitura e recombinação de um poema. Este poema foi feito por um dos artistas (Pablo Gobira) e foi trabalhado com algoritmos generativos. Para a instalação é necessário que o interactor use um dispositivo binocular estereoscópico que forneça a imersão.

Saiba mais:
https://labfront.weebly.com/look-at-yourself.html

Emancipação mineira • 2018
Pablo Gobira • Adeilson William “FROIID” da Silva • Antônio Mozelli



Emancipação Mineira se apresenta como uma realidade inexistente ao cenário da cidade de Belo Horizonte, sendo parte de um labirinto de imagens desenvolvido em realidade virtual imersiva. O interator é convidado a fruir nesse espaço utópico, de forma a interagir com cenas reais da cidade e acompanhar uma narrativa sobre a separação de um território (em Minas Gerais) do restante do Brasil. As imagens foram realizadas pelo artista Froiid, um dos membros da equipe do projeto do Labfront, na cidade de Belo Horizonte. Para interagir com o trabalho, é necessário que o interactor use óculos de realidade virtual e fone de ouvido. Através dos movimentos feitos com a cabeça, é possível navegar no ciberespaço da instalação. Os movimentos de navegação são: para cima, para baixo, para a esquerda e para a direita.

Saiba mais:
https://labfront.weebly.com/emancipaccedilatildeo.html

Catálogo do I Vernissage Digital

Temática central do XL CSBC, os entrecruzamentos entre o “artificialmente humano” e o “humanamente artificial” colocam uma série de questões sobre aspectos técnicos, éticos, socioculturais, políticos e econômicos dos estudos de Computação. No entanto, para além desses pontos de interseção, o humano e o artificial também se encontram em projetos tecnopoéticos de toda sorte; isto é, quando recursos tecnológicos são mobilizados para imprimir formas artísticas e fazer irromper sentidos dissonantes nos mundos material e virtual.

Considerando o significativo crescimento das práticas artísticas que mobilizam dispositivos computacionais em obras e performances, bem como a necessidade de pautar o estudo desse campo também na área de Computação e em suas interfaces com as Humanidades, desenvolvemos, no âmbito do I Workshop sobre as Implicações da Computação na Sociedade, este Vernissage Digital. Por meio de uma amostra de obras de artistas brasileiros que operam com signos e tecnologias caras à mediação computacional, desejamos apresentar ao público um pouco da vibrante cena nacional de arte eletrônica e, quem sabe, fomentar investigações e debates sobre o tema.

Para tanto, compusemos neste espaço um breve catálogo contendo trabalhos de Fábio FON, Pablo Gobira e Wellington Junior (Tutunho). Convidamos à navegação pelas obras dos três artistas antes ou durante o XL CSBC e para um animado diálogo ao vivo com eles sobre as relações entre arte e computação em suas poéticas. O bate-papo ocorrerá no dia 18/11/2020, das 19h às 20h, nas atividades ao vivo de nosso Vernissage Digital, como parte da programação do I WICS. Será um prazer ter vocês conosco!

Vinícius Carvalho Pereira (UFMT)
Ingrid Teixeira Monteiro (UFC)
João Vilnei de Oliveira Filho (UFC)
Organizadores do Vernissage Digital

Acesse nas imagens os trabalhos dos artistas convidados.