39º JAI – Jornadas de Atualização em Informática

CHAMADA DE TRABALHOS

CHAMADAS DE PROPOSTAS

A Jornada de Atualização em Informática (JAI) é um dos mais importantes eventos acadêmicos de atualização científica e tecnológica da comunidade de Computação do Brasil. Tradicionalmente é realizada em conjunto com o Congresso da SBC – que em 2020 ocorrerá em Cuiabá, de 12 a 16 de julho de 2020. A JAI compreende cursos ministrados por pesquisadores sêniores da nossa comunidade, oferecendo uma oportunidade única para atualização de acadêmicos e profissionais de Informática em temas diversos, interagindo com líderes das mais diversas áreas de pesquisa no Brasil.

A JAI é formada por cursos de quatro ou seis horas de duração cada, abordando temas avançados, mas ao mesmo tempo consolidados, que não fazem parte dos currículos das graduações da Área de Computação. Cada curso JAI é apoiado por um capítulo de livro digital de 40 a 50 páginas, a ser desenvolvido especialmente para a JAI. As versões finais dos capítulos aceitos serão disponibilizadas online na SBC OpenLib, o portal de conteúdo da SBC, como um livro da série Jornada de Atualização em Informática (JAI). O livro receberá ISBN e todos os capítulos serão indexados com DOI.

Na seleção das propostas de cursos será levada em conta a senioridade dos palestrantes, competência demonstrada na sua área de atuação, importância e abrangência do tema proposto e potencial para despertar o interesse de jovens estudantes, acadêmicos e profissionais da área.

DATAS IMPORTANTES

  • Submissão das propostas de curso até:           21/02/2020
  • Resultado da avaliação das propostas:            06/03/2020
  • Submissão do texto completo do curso até:  16/04/2020
  • Resultado da avaliação do texto do curso:     30/04/2020
  • Registro dos Autores (inscrição) até:                05/05/2020
  • Submissão da versão definitiva até:                  15/05/2020

PROCESSO DE SELEÇÃO

O processo de seleção será composto de duas etapas. Na primeira, serão selecionadas as propostas dos cursos a serem apresentados durante a JAI em Cuiabá. Na segunda etapa, os textos completos serão submetidos e avaliados, podendo ser desqualificados se não atenderem às condições necessárias a um texto para curso JAI.

PRIMEIRA ETAPA: SELEÇÃO DE PROPOSTAS

Critérios de seleção das propostas

A seleção inicial das propostas é feita com base em um processo classificatório, com avaliação e discussão das propostas pelo Comitê de Avaliação. Os seguintes critérios de seleção serão considerados com igual relevância:

  • competência demonstrada do(s) proponente(s) na área do curso;
  • qualidade da proposta;
  • importância, maturidade e abrangência do tema proposto, refletindo uma visão ampla de algum tópico da área de Computação;
  • curriculum vitae do(s) proponente(s);
  • distribuição dos assuntos tratados nas propostas nas várias áreas da Computação;
  • aderência às instruções desta chamada.

Formato da proposta

Docentes e pesquisadores interessados devem submeter suas propostas pelo sistema JEMS

(https://submissoes.sbc.org.br) até a data limite de 21 de fevereiro de 2020, conforme as instruções a seguir.

Cada proposta de curso deve ser elaborada em português, de acordo com o modelo para publicação de artigos da SBC, deve estar contida em um único arquivo em formato PDF e seguir rigorosamente a estrutura abaixo. Caso contrário, a proposta será rejeitada sem ser analisada.

  1. Dados de identificação (uma página)
    1. título do curso;
    2. autor(es) (instituição de origem, endereço, telefone, e-mail);
    3. nome do apresentador do curso (se houver mais de um autor).
  2. Resumos em português e em inglês, com até 200 palavras cada (uma página).
  3. Dados gerais (uma página)
    1. objetivos do curso e tratamento dado ao tema, por exemplo: teórico ou prático, apanhado geral de resultados ou aprofundamento em aspectos específicos, apresentação ou comparação de tecnologias, formação de novas habilidades;
    2. perfil desejado dos participantes;
    3. infraestrutura física necessária para a apresentação, por exemplo: computador com projetor, sistema de som, equipamentos especiais, acesso à internet, etc.
  4. Estrutura detalhada do texto completo do curso (oito a dez páginas)
    1. o texto completo do curso (a ser submetido em abril) deverá ter de 40 a 50 páginas (no formato SBC) e ser composto de seções e subseções;
    2. na proposta, para cada seção e subseção do texto completo deverá haver uma descrição precisa do seu conteúdo proposto, de maneira que seja possível avaliar o texto final.
  5. Bibliografia utilizada na preparação do curso (no máximo uma página).
  6. Curriculum vitae resumido do(s) autor(es) (no máximo uma página para cada autor), incluindo uma seleção de publicações e/ou projetos consideradas importantes para a proposta.

Importante

Na elaboração da proposta devem ser considerados os seguintes aspectos:

  • A JAI compreende cursos voltados a apresentar novas técnicas que representam tendências ou já são consideradas estabelecidas e importantes na área acadêmica ou profissional, mas que muitos alunos, acadêmicos e profissionais não teriam oportunidade de cursar nas suas instituições de origem. Assim, o curso não deve refletir a visão específica de um único grupo de pesquisa na área proposta. Não serão aceitas propostas voltadas à divulgação de resultados de teses, dissertações, projetos de pesquisa, manuais de sistemas, entre outros.
  • Caso a proposta seja apresentada por um conjunto de autores, espera-se que o pesquisador mais sênior seja o apresentador principal do curso e esteja presente na sala do curso durante todo o período; eventualmente, partes do curso podem ser apresentadas por coautores desde que isso tenha como objetivo maximizar a qualidade da apresentação e do aprendizado dos participantes inscritos. Neste caso, deverá ser indicado, no momento da submissão da proposta, o nome do pesquisador sênior que ministrará a maior parte do curso.
  • Serão cobertas despesas de viagem e de estada apenas para UM instrutor de cada curso selecionado. Os autores de propostas selecionadas para a fase seguinte serão notificados até o dia 06/03/2020.

SEGUNDA ETAPA: TEXTO COMPLETO DO CURSO

Avaliação do texto completo do curso

Os autores das propostas selecionadas deverão preparar um texto completo de no mínimo 40 e no máximo 50 páginas com o material didático do seu curso para ser publicado. O texto passará por uma avaliação de revisores especializados; sua aprovação é uma condição para que o curso seja incluído no programa final da JAI. O texto será publicado como capítulo do livro digital (da série Jornada de Atualização em Informática) a ser publicado e distribuído sob uma licença Creative Commons na SBC OpenLib, o portal de conteúdo da SBC. O livro receberá ISBN e todos os capítulos serão indexados com DOI.

Os autores deverão entregar o texto completo a ser incluído no livro até o dia 16/04/2020. Este texto será revisto pelos Editores e por outros membros convidados, em função das áreas cobertas e dos proponentes. Os critérios de revisão dos textos incluirão:

  • aderência à proposta inicial;
  • corretude técnica do texto;
  • qualidade da escrita;
  • estrutura do texto;
  • aderência às instruções sobre a formatação do texto;
  • qualidade das figuras, tabelas, equações, entre outros.

Este período de revisão deverá ser concluído até o dia 30/04/2020. O Comitê se reserva o direito de rejeitar textos que apresentem problemas relacionados a esses critérios que sejam inviáveis de serem corrigidos em tempo hábil.

FORMATAÇÃO DO TEXTO FINAL DO CURSO

Os textos completos serão aceitos somente se produzidos utilizando LaTeX, Word ou LibreOffice. O formato exato para a entrega desses textos será divulgado oportunamente aos autores cujas propostas iniciais forem aceitas. Os autores deverão incluir todo o material necessário para que se possa gerar a versão final do texto. Após a primeira revisão, os autores deverão atender às críticas e às sugestões dos revisores e entregar o texto final após a recepção das avaliações dos revisores, na data estabelecida: 30/04/2020.

Para a publicação do livro digital, poderá haver alguma revisão adicional; neste caso, os autores deverão atender às críticas e às sugestões no prazo máximo de três dias. Os autores dos textos a serem publicados deverão assinar um documento autorizando a Sociedade Brasileira de Computação (SBC) a publicar o texto sob uma licença Creative Commons. O não cumprimento dos prazos ou o não atendimento aos pareceres dos revisores poderá acarretar a exclusão da proposta do programa da JAI 2020.

CURSOS

– Introdução à modelagem de processos de negócio em BPMN 2.0 e à automação em BPMS
Lucineia Heloisa Thom (Federal University of Rio Grande do Sul – Brazil); Diego Avila (Univerisidade Federal do Rio Grande do Sul – Brazil).

O gerenciamento de processos de negócio (Business Process Management – BPM) é uma disciplina que visa a redução de tempo, erros e redundância na execução dos processos, além de maior controle destes. O ciclo de vida de BPM inclui as fases de identificação, descoberta, análise, redesenho, implementação, monitoramento e controle de processos. Em particular, a fase de descoberta de processos é fundamental não apenas para a automatização, mas também para a documentação de processos cujo conhecimento está centrado principalmente naqueles que os executam. Este curso introduz BPM, conceitos fundamentais da disciplina, assim como seu ciclo de vida. São descritos os elementos básicos e avançados da Notação e Modelo de Processos de Negócio (Business Process Model and Notation – BPMN 2.0), incluindo tópicos sobre qualidade em modelagem de processo. Também será visto a automação de modelos de processo de negócio em Sistemas de Gerenciamento de Processos de Negócio (Business Process Management Systems – BPMS), com ênfase na arquitetura de BPMS, transformação de modelos ao nível conceitual para modelos de execução e tipos de BPMS existentes.


– Como protocolos inovadores são criados e adotados em escala mundial: uma visão sobre o Internet Engineering Task Force (IETF) e a infraestrutura da Internet
Juliao Braga (Mackenzie University – Brazil); Jeferson Campos Nobre (UFRGS – Brazil); Lisandro Zambenedetti Granville (UFRGS – Brazil); Marcelo Santos (Instituto Federal do Sertão Pernambucano – Brazil).

O IETF é o responsável pela padronização e desenvolvimento dos protocolos da Internet e faz isto por meio da participação voluntária de profissionais, acadêmicos e pesquisadores do mundo inteiro, que se reúnem presencialmente três vezes por ano e se mantêm ativos por grupos de trabalhos virtuais. Este curso considera a importância de identificar as oportunidades multidisciplinares que circulam em torno do Internet Engineering Task Force (IETF) no processo de criação ou melhoria de padrões inovadores na Internet. Será abordado a organização de grupos de trabalhos, evidenciando discussões que vão desde protocolos conhecidos como o Internet Protocol (IP) até grupos de pesquisa como o Things-to-Things (T2TRG) que discute padrões sobe Internet das Coisas (IoT). A oportunidade de discutir de forma teórica/prática os desafios e formas de colaboração no IETF abre uma enorme perspectiva de inclusão da comunidade brasileira, ao tomar conhecimento de como o IETF se constitui e se mantêm ativo, vigilante e preparado para as mudanças necessárias para o bom funcionamento da Internet. A multidisciplinaridade, no âmbito da computação, que agrega o voluntariado do IETF é evidente e necessita da ajuda efetiva de pessoas com conhecimento diversificado e em outras áreas que não, necessariamente a de redes.


– Dados geoespaciais: Conceitos e técnicas para coleta, armazenamento, tratamento e visualização
Augusto Domingues (Universidade Federal de Minas Gerais – Brazil); Fabrício Silva (UFV – Brazil); Leonardo Santos (Universidade Federal de Viçosa – Brazil); Raissa Souza (Universidade Federal de Viçosa – Brazil); Gabriel Coimbra (Universidade Federal de Viçosa – Brazil); Antonio Alfredo Ferreira Loureiro (UFMG – Brazil).

Nos últimos anos, houve um aumento significativo na disponibilidade de dados oriundos de objetos móveis, como veículos, pessoas, drones, entre outros, dos quais geram informações geoespaciais (tempo e espaço). A partir desses dados, empresas, instituições públicas e a comunidade científica estão atuando na pesquisa e na proposta de soluções capazes de extrair conhecimento útil, com o intuito de conhecer e entender o comportamento da mobilidade urbana em seus diversos aspectos. Essas soluções podem melhorar os serviços ofertados pelas empresas e gerar novos insights para captação de novas receitas, além de avançar o estado da arte em áreas relacionadas com mobilidade, Internet das Coisas, computação urbana, dentre outras. O objetivo deste curso é alinhar a teoria e a prática, apresentando os principais conceitos e técnicas associadas ao tratamento e manipulação de dados geoespaciais, o que inclui as fases de coleta, armazenamento, tratamento e visualização, com a utilização das principais ferramentas e bibliotecas existentes.


– Groupware 4.0: Avanços e desafios da computação social
Ana Cristina Bicharra Garcia (UNIRIO – Brazil); Vaninha Vieira (Universidade Federal da Bahia – Brazil); Adriana Vivacqua (DCC-IM/UFRJ – Brazil); Juliana França (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – Brazil); Angelica Dias (UFRJ – Brazil).

As novas tecnologias de colaboração trazidas pela quarta revolução industrial permite que trabalhemos cada vez mais em grupos grandes, heterogêneos, incluindo agentes inteligentes, geograficamente separados, em diferentes fusos horários. Qualquer grupo hoje em dia, pequeno ou grande, formal ou informal, trabalhando juntos em diferentes tarefas e domínios de aplicação, colabora naturalmente por meio de ferramentas populares como WhatsApp, Zoom, Google Drive, e Mídias Sociais. Se muitos avanços ocorreram do ponto de vista tecnológico, ainda se percebem desafios e oportunidades para a Computação Social. Computação Social abrange os estudos sobre as dinâmicas sociais de interação e colaboração, e o suporte computacional à mesma. No Brasil, nota-se uma pulverização das iniciativas e estudos, nessa área, de natureza essencialmente multidisciplinar, e não fica claro qual o papel atual da Computação nessa revolução. Para avançarmos enquanto profissionais e comunidade de pesquisa em Computação Social é preciso nos apossarmos dos conceitos, processos e tecnologias de colaboração existentes, e apontarmos direcionamentos para permitir uma transformação do modus operandi social. Este curso introduz os conceitos de trabalho em grupo, atualizados à luz das demandas de colaboração inerentes à Indústria 4.0 e Educação 4.0; apresenta ferramentas e metodologias que mostram como acelerar a produtividade e criatividade dos grupos nas diversas áreas do conhecimento. Também iremos apresentar os principais pontos em aberto, discutidos nas melhores conferências internacionais da área, visando encorajar as pessoas a realizar pesquisa nessa área.

ORGANIZADORES

Coordenação Geral

  • Taisy Silva Weber – UFRGS

Coordenação Local

  • Claudia Aparecida Martins – UFMT

COMITÊ DE PROGRAMA

  • Claudia Martins (UFMT)
  • Daniel Avila Vecchiato (UFMT)
  • Fabio Kon (IME – USP)
  • Flavia Delicato (UFRJ)
  • Flavio Wagner (UFRGS)
  • José Maldonado (ICMC-USP)
  • José Viterbo (UFF)
  • Paulo Pires (UFRJ)
  • Soraia Musse (PUCRS)
  • Taisy Weber (UFRGS)
  • Thais Vasconcelos Batista (UFRN)